Espaços servem também para lavar dinheiro do tráfico, revela agente penitenciário.
Criadas para complementar a alimentação dos presos em presídios do Rio de Janeiro, as cantinas prisionais vendem cigarros contrabandeados e até agulhas para tatuagens, entre outros produtos, para os detentos. A constatação foi feita a partir de levantamento do G1 com base em apreensões feitas pela Polícia Civil em 36 unidades prisionais.
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A comercialização é clandestina e ocorre com anuência e participação de agentes prisionais. No final de julho, o agente Marcelo Aparecido de Limad, do Presídio Carlos Tinoco, em Campos (RJ), foi preso com R$ 8.900 e 14 agulhas para tatuagens - nas notas apreendidas, chamou a atenção as inscrições de facções criminosas.
"Algumas cantinas servem para 'lavar' dinheiro do tráfico. Nas prisões há bocas-de-fumo em que criminosos lucram com a venda da droga. A cantina pode servir também para enviar esse lucro para fora da unidade", revelou ao G1 um agente que preferiu não se identificar.
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