Aos 15 anos, Flavia Monzano fez sua primeira dieta. De lá até os 20, ela se viu sempre variando de peso, emagrecendo quando fazia dieta e reganhando o peso quando parava. Porém, após essa idade, a jovem não conseguiu mais controlar o peso e acabou chegando aos 104 kg.
Efeito sanfona na adolescência
Flávia nasceu com 4,5 kg e teve problemas com o peso durante toda a infância. Ao olhar fotos antigas, ela diz perceber como seu peso já variava bastante.
“Aos 15 anos, comecei a buscar dietas na internet e fazer coisas que ouvia dizer que funcionavam, mas nada indicado diretamente para mim, porque nunca tinha ido a um nutricionista”, relembra.
Devido a dietas restritivas, um dia quase desmaiou no metrô e precisou ser socorrida por um segurança. Como seguia as dietas apenas por um tempo e depois parava, sofria constantemente com o efeito sanfona.
Remédios para emagrecer
Depois que passou dos 20 anos, Flávia passou a tomar remédios para emagrecer e acabou criando uma dependência. “Eu tomava remédio e emagrecia, parava e voltava a engordar. Com medo de ficar sem o remédio, eu já marcava a consulta no médico antes de os comprimidos acabarem”, conta.
Isso aconteceu até 2011, quando a comercialização do remédio que ela tomava foi proibida no Brasil. “Então, em 2012, comecei a tomar sibutramina, só que não fazia efeito e eu continuava engordando”, relembra.
Como acreditava que podia comer à vontade já que estava tomando remédio para emagrecer, Flávia nunca se preocupou em mudar seus hábitos alimentares. Com isso, engordou 34 kg em dois anos.
“Ao longo da vida, eu devo ter engordado e emagrecido uns 400 kg de tão grave que era o meu efeito sanfona”, conta.
Falta de autoestima
Infeliz com seu corpo, Flávia sonhava em ser magra. Por isso, procurou um médico decidida a se submeter a uma cirurgia bariátrica. Quando ficou sabendo que não poderia ser operada porque não se enquadrava nos pré-requisitos, pensou em engordar mais para poder operar.~
“Cheguei em casa revoltada, querendo engordar mais para operar. Pensei: ou eu me aceito ou eu mudo de vida. Como eu não me aceitava de jeito de nenhum e sonhava em ser magra, no dia 16 de janeiro de 2014, deu um ‘clique’ e eu falei: eu vou mudar de vida”, conta.
Mudança de hábitos
Na época com 32 anos e 104 kg distribuídos em 1.68 cm de altura, ela foi pela primeira vez a uma nutricionista e se matriculou em uma academia.
“Comia errado, ficava horas sem comer. Com a nutricionista, aprendi a escolher os alimentos, a ter hábitos saudáveis, fiz uma reeducação alimentar”, afirma.
Além disso, Flávia também parou de se prender ao número que a balança marcava e passou a se autoanalisar para entender em quais momentos tinha vontade de comer e por que isso acontecia.
“Comecei a refletir sobre os meus hábitos, pensar em quanto eu queria ser saudável e como isso me levaria ao emagrecimento. Quando eu me prendia à balança, ficava ansiosa para emagrecer, e isso atacava a minha compulsão alimentar. Mudei minha forma de pensar e de agir diante da comida”, conta sobre sua transformação mental.
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